sábado, 2 de maio de 2009

Longão? No meio do feriado? Cedo e no frio?



Olá a todos! Como foram de feriado? Espero que bem!

Pois é. É isso mesmo. Sábado, normalmente, é dia de longão. Faça chuva, sol, calor, frio e suas devidas combinações, continua sábado, dia de longão. Para quem não está familiarizado com a expressão, longão, na gíria dos corredores, significa aquele treino mais longo, com maior volume e menos intensidade. No meu caso, significa correr por quase duas horas.

6h47m da manhã. Toca o telefone. Ao invés de pensar: "cacilda, quem será que me liga a esta hora da manhã no meio do feriado?", para mim, significa que minha carona ao Parque da Independência  e parceiro de longão está a caminho. Céu parcialmente nublado, 17 graus e a cama quentinha. Será que eu vou correr?? Claro. Óbvio que vou.

Muitos dizem que sou louco, que tenho que dormir, que está frio, etc, etc. Mas você já consegue perceber que eu tive que correr. É mais forte que eu. Sinto uma necessidade muito grande em calçar o tênis, vestir minha roupa de corrida, chegar cedo no parque, ver o dia começando e encontrar uma galera com as mesmas necessidades que eu. É, meu caro (a) leitor (a), se pensou que eu era exceção, ainda se engana. Aliás, arrisco dizer que a exceção, hoje, é não praticar nenhuma atividade física, ainda mais em se tratando da corrida.

Apesar da corrida ser uma das atividades físicas inerentes ao homem, pois entendo que seja uma das maneiras de movimento mais natural possível, temos que nos cercar de cuidados, como consultar um cardiologista e realizar os devidos exames para verificarmos se já podemos ou não praticar quaisquer exercícios, e seguir um treino prescrito por um educador físico de sua confiança.

Longão. Friozinho. Cedo, bem cedo. Após um alongamento meio sofrido por conta do vento que fazia questão de se mostrar presente, comecei a correr o primeiro dos 18k. É engraçado, mas logo nas primeiras passadas, parece que os joelhos não realizavam o movimento de estensão e flexão. Corremos com a impressão de termos pernas de pau. Mas sabia que antes do final deste k estaria quase tudo normal. Este k durou 7 minutos. Muito, pensei. Mas logo lembrei da conversa que tive com meu técnico, Alexandre, sobre ser dependente do relógio também na corrida. Desencanei e corri num ritmo moderado-leve. Mas lá no 4 - 5 k, não sei porque, me senti tão cansado que deu vontade parar. "Jamais", pensei. "Acordei cedo no meio do feriado para correr 18k, e é isso o que vai acontecer." Só pensava nisso. Apesar da sensação, em alguns momentos, de que minhas pernas pesassem 15t cada, continuei correndo, diminuindo nos aclives, soltando um pouco mais nas descidas e estabilizando nas retas. Lá no 11 - 12k, estabilizei. Demorou, né? Pois é, também achei, mas a partir daí, consegui aumentar o ritmo. Não para forte, mas para moderado - moderado, e me senti super confortável nesse ritmo, com o qual acabei o treino.

Nesses treinos longos, é muito comum eu brigar comigo mesmo. Quando procuramos novos desafios, seja baixar seu tempo em determinada prova, ou completar outra, é muito comum, pelo menos para mim, sentir na pele como é difícil fazer isso. Seja pela cansaço, por não estar bem naquele dia para correr, por falta de tempo, pelo treino ser mais puxado mesmo. Mas temos que continuar. Keep on rolling, é o que eu sempre penso. Minha satisfação estará me esperando na linha de chegada. Satisfação. Atos para os quais você se preparou duramente, fazendo escolhas e sacrifícios. Como já disse uma vez, você tem que treinar. E é isso que me fez sair da cama hoje. Fora a companhia do meu parceiro de treino, que é um exemplo e incentivo à parte, mas deixaremos esta história para uma próxima vez.

Obrigado, ótimo descanso, grandes treinos e keep on rolling!


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