Antes de hoje, ontem...

Não vou começar com a frase que tenho em mente: vai pro inferno. Não vou fazer isso porque hoje me sinto mais tranquilo e sereno. Sinal de que treinei. Como sabem, hoje é o últmo dia para realizar a declaração de imposto de renda, o que possibilita uma grande contra-prestação dos nossos representantes em nível municipal, estadual e federal. Mas deixa isso para lá porque aqui o papo é outro, certo?

Cara, ontem, por conta desta bendita declaração, simplesmente não consegui treinar. Fiquei muito, mas muito mal humorado. Parecia um monstro. Rídiculo de mal humorado. Chegou num ponto que nem eu me aguentava, mas, passou. Tive que me aturar por um tempinho, mas logo passou.

Mas ontem, mesmo não conseguindo treinar, encontrei com o Alexandre, meu técnico. Estávamos conversando sobre o blog e sobre um projeto muito bacana que ele vai realizar. Mas, por enquanto, fica o suspense...

Sabe o que ele me disse? Que a próxima prova de 10k, já chego nos 50 minutos. Eu falei: “sério?”. E ele: “opa!”. E acredito que ele tenha razão por inúmeros motivos que vamos atestando durante os treinamentos. Por exemplo, o treino que realizei segunda-feira me deu algumas esperanças sobre o assunto. Consegui num ritmo que nunca pensei em correr mais de 1k, e corri alguns. O treino já foi elaborado para eu conseguir alcançar este objetivo. E boto uma fé de que isso vai se realizar.

Mas passado o bizarro acontecimento de eu não conseguir treinar ontem, hoje eu consegui.

Durante a semana, corro  numa praça próxima ao local de trabalho, onde muitas outras pessoas também treinam. É bem bacana e o percurso tem um pouco mais de 1k.

Bom, o treino de hoje também foi mais curto e intenso, mas hoje eu confesso que foi difícil. Estava mais cansado do que o normal, meu almoço não foi exatamente muito balanceado – apesar de excelente, e hoje, em dois momentos do treino, pensei em parar. Mas é engraçado, porque quando esse tipo de pensamento vem à minha mente, eu simplesmente não consigo parar e normalmente eu até corro melhor. Superação.

Realizei um treino de 50 minutos, alternado o ritmo forte/fraco e muito forte/fraco. Olha, vou te contar que nas duas últimas séries eu já estva falando sozinho, me incentivando em voz alta:”Bora! Tá acabando! Só mais duas, bora, bora!” Esse é o momento que eu só ouço minha respiração e passadas. Um hurro, não muito alto para que eu não parecesse muito louco frente aos demais, anunciava meu cansaço físico, minha satisfação em conseguir completar o treino prescrito e alívio mental. Superação.

Minha meta até o final do ano é correr os 10k abaixo dos 50 minutos. Já foi noticiado que os treinos serão duros, penosos, mas que o esforço certamente valerá a pena. Superação.

Na corrida, não tem jeito. Não treinou, não correu. Não treinou direito, objetivo mais longe. Talvez essa seja uma das razões pelas quais me identifiquei com a corrida. Você é o que é, não tem essa de falar que fez, que correu, que baixou tempo, etc. O tempo do chip é cruel. O que, para mim, é combustível. Eu tenho que mostrar para o cronômetro o quanto treinei para estar ali. O quanto treinei para acabar a prova de uma maneira sadia, sem sacrifícios fora do esperado, devidamente preparado. Superação.

É, meus caros leitores, em algum momento, a hora da verdade simplesmente aparece, por isso, treine sempre! Logicamente que de maneira adequada, dentro dos seus limites e com a supervisão de um educador físico.

Ótimo feriado, grandes treinos e keep on rolling!

Treino progressivo

Olá a todos! Segunda-feira! Dia de treino. Seja ele regenerativo ou forte, é dia de treino. E nada como chegar no local em que você costuma treinar: as pessoas com diferentes camisetas de provas, diferentes pessoas com as mesmas camisetas de provas, você reconhecendo umas e outras não, lembrando qual prova você faria de novo ou não, como diria um grande amigo meu.

Aliás, penso que, de acordo com minha pequena experiência neste universo chamado Corrida, você provavelmente realizará uma prova novamente caso tenha feito uma boa prova, seja baixado seu tempo e melhorado sua performance, completado a prova que era seu grande desafio, encontrado os amigos e colegas domingo cedinho e, por que não, familiares.

No meu caso, eu gosto de um mix de todos os fatores que acabei de citar. Mas quando encasqueto com uma prova e consigo me concentrar nela, é fato que farei uma grande prova. Não necessariamente baixando meu tempo, mas completando-a bem, por exemplo.

Hoje, meu grande desafio e foco, é correr os 10K abaixo dos 50 minutos, coisa que consegui fazer apenas uma vez, na Nike Human Race. Meu atual treinador, Alexandre, já me preparou psicilogicamente e deu o alerta: para atingir esta meta, os treinos serão duros, puxados.

E parece que começou hoje. O treino durou 45 minutos, sendo 10 para aquecimento, 10 moderado, 10 forte e, advinhe - isso mesmo, 10 muito forte.

Logo pensei: "pra mim, forte e muito forte será bem parecido, senão a mesma coisa". Os primeiros 20 minutos, maravilha, tirei de letra. Quando começou o forte, aumentei o som do ipod e pensei que esse era o começo do meu objetivo. O primeiro km forte, na verdade, foi muito forte, e o completei em 4'15". Visto isso, vi que o mais provável seria a minha quebra. Como eu iria aguentar mais 16 minutos? Na verdade, eu não sabia também, mas continuei. O segundo foi Km bateu em 4'40". É, o tempo aumentou. Corri a diferença no mesmo ritmo.

Nos 10 últimos minutos, não pensei muito não. Deixei de olhar pro relógio e aumentei o ritmo. Quando completei este km, tive a sensação que eu estava num ritmo moderado/forte, o que seria causado pelo desgaste do treino, mas, incrivelmente, não. Corri pra 3'40". Isso pra mim foi a glória total! Nunca pensei que conseguiria, mas consegui.

Nas palavras do Alê, o relógio de vez em quando atrapalha. Hoje, percebo que há momentos na corrida, seja no treino, seja na prova, em que você apenas tem de correr se concentrando em você mesmo, não no tempo, não nos demais. Apesar do som do ipod, o silêncio predomina e você ouve apenas sua respiração e suas passadas.

Quando percebi, quase corri mais do que deveria. O que me deixou muito satisfeito, pois esse treino me mostrou que eu posso.

Agora é chegar em casa nos braços da esposa amada, tomar um banho quente, jantar e... muito bem, se recuperar para o próximo treino!

Ótimos treinos e keep on rolling!

Primeiras passadas

Ouve-se muito falar em histórias e motivos pelos quais as pessoas começaram a praticar qualquer atividade física: estética, saúde, sempre gostou de praticar uma atividade física, entre milhares de outras razões. Mas quem não tem a sua?

Aliás, puxando a sardinha para o nosso lado, você já parou e se perguntou a razão de ter começado a correr?

Antes disso, vou me apresentar como corredor: comecei a correr no início de 2007, sem muito objetivo. Eu não tinha aquela coisa: vou começar a treinar para completar uma maratona, correr 10k em menos de 50 minutos. Nada disso. Inaugurou um parque perto de casa e comecei a frequentá-lo aos finais de semana. Nunca tive paciência de caminhar, então eu corria uns 2 minutos e caminhava mais 2 até completar 20 - 30 minutos e ia embora. Mas aos poucos, por mais equivocada a maneira de se iniciar numa atividade física, pasmem, eu fui melhorando até conseguir correr os 30 minutos. 

Quantos k? Sei lá... estava ótimo eu correr os 30 direto. Depois comecei a reparar que conseguia correr 4 - 5 k neste tempo. Não tinha noção se era bom ou ruim.

Minha esposa me convidou para participar de uma aula de corrida na academia que ela ainda frequenta. Falei: "na esteira? Aula na esteira? Jamais!" Mas fui. Ainda bem. Foi ali que recebi meu primeiro grande incentivo.

Entramos na academia e fomos para as esteiras. Até aí, sem problemas. Perguntei do professor (a) e ela me respondeu: " ah, essa aula enche... é da Naoko". Quem? "Naoko. Ela tá vindo, olha lá."

Na hora que eu vi, senti que era fria. 1m50, magrinha, tatuagem gigantesca nas costas, cabelo arrepiado? Não tinha para onde correr. Aliás, eu estava lá pra isso mesmo, rs. Na boa, foi uma pusta aula bacana! Superou, e muito, minhas expectativas! Aula dinâmica demais. Até tivemos tiros! E foi aí que veio o incentivo da Naoko: "você leva jeito pra corrida. Vai se dar bem."

Um tempo depois, comecei a treinar com o Nilton, marido da Naoko e fiz parte da primeira equipe de corrida: Asfaltolokos. O nome já diz tudo, rs. Esse foi só o começo de muitas e muitas passadas e objetivos, assim como o começo deste blog.

Até mais, ótimos treinos e keep on rolling!